Eu queria poder descobrir qual a melhor forma de socializarmos. Descobrir quais são as qualidades que você deseja encontrar na pessoa que quer ao seu lado.
Queria ser a sua pessoa.
A sua felicidade, hoje, é a minha maior motivação. Ver-te feliz faz com que a minha alegria floresça novamente, porém de uma forma menos satisfatória. É uma felicidade oca, fosca, apagada. Seria boa se você estivesse aqui.
Entretanto, entendo os rumos da vida. Se você encontrou seu caminho e, por algum motivo, ele seja divergente do meu, poderá seguir. Nele, você encontrará novas pessoas e nelas, novas alegrias. É um ciclo. Maldito ciclo.
Mas entenda também, eu sou uma aprendiz. Não sei tudo ainda. Se o certo é deixar você partir, pois bem, deixarei. Assim como deixei há algum tempo, sem sequer notar...
A sua partida pela porta dos fundos aconteceu. Já faz um tempo, não sei exatamente quanto. Mas a sensação é que se passaram muitos anos dentro de mim.
Não tema mais. Amanhã é um outro dia, um novo dia. Aprendi que o silêncio é a melhor (e mais perigosa) resposta, pois uma frase quando mau interpretada, faz com que as conquistas escorram pelos dedos feito água.
Às vezes duvido da própria vida e sua existência, mas basta olhar para os raios de sol que agora atravessam as pequenas folhas na árvore para sentir o dia nascer. O novo dia.
Voltar à realidade é mais complicado que entrar no sonho não planejado.
Fotos e palavras ao chão sem nenhuma credibilidade. Tudo isso sem razão, acredito. Por que perdemos tempo vivendo algo que, brevemente, duraria? Estávamos em transe.
De qualquer maneira, lembre-se: eu nunca - repito o maior clichê de todos - nunca abandono meus sonhos. Você é um deles.
30 abril 2011
28 abril 2011
Neutralize
Valorização. Assim mesmo, direito e imponente. Torna-te o medo mais temido, a lembrança mais duradoura, a saudade mais sentida, o desejo mais inalcançável.
Acredito que em cada vida, exista uma caixa. Uma gaveta, que seja. Um lugar que guarde os dias que não foram vividos de épocas desperdiçadas. Guarde, também, as inseguranças e medos; feche-a e esqueça-os.
Sobrou a distância que - creio eu - seja dificílimo resguardá-la. É gigantesca. (Você está bem aqui, porém não posso segurá-lo mais; é o espaço)
E agora mantenha-se neutro, eu me mantive também. Não crie um mar de lágrimas, mas não invente um circo: neutralize.
23 abril 2011
Desocupado
Era feito um ciclo vicioso de buscas. Não sabia exatamente o que procurava, mas sempre estava na procura de coisas. Sorte minha nunca achar nada..
Nessa ausência de novidades, me prendia ao nada. Ao vazio; ao meu próprio vazio. Uma verdadeira paranóia. Talvez essa lúcida loucura me levava longe da realidade e, consequentemente, longe do sofrimento.
(E estava aí algo que ninguém entendia. Esse drama-melodramático-pessoal.
Pessoas são um misto de incompreensão e impaciência.)
Meu vazio, agora tomado sociologicamente, não era tão vago. Porém, dali nada se aproveitava: velhas lembranças, saudades, desejos não realizados.
Era melhor continuar vazio.
Nessa ausência de novidades, me prendia ao nada. Ao vazio; ao meu próprio vazio. Uma verdadeira paranóia. Talvez essa lúcida loucura me levava longe da realidade e, consequentemente, longe do sofrimento.
(E estava aí algo que ninguém entendia. Esse drama-melodramático-pessoal.
Pessoas são um misto de incompreensão e impaciência.)
Meu vazio, agora tomado sociologicamente, não era tão vago. Porém, dali nada se aproveitava: velhas lembranças, saudades, desejos não realizados.
Era melhor continuar vazio.
16 abril 2011
Tempo
A liberdade nada mais é
que a sua ausência dentro de mim.
É a ocupação com o indiferente.
É o tudo sem limites,
o esquecimento precoce
da importância recente.
A vida é essa.
Passageira, mas imprevisível.
Curta, mas surpreendente.
Difícil, mas bela.
que a sua ausência dentro de mim.
É a ocupação com o indiferente.
É o tudo sem limites,
o esquecimento precoce
da importância recente.
A vida é essa.
Passageira, mas imprevisível.
Curta, mas surpreendente.
Difícil, mas bela.
11 abril 2011
24
Como pode deixar acontecer sem maiores providências? Como pode terminar por si só e ficar assim, sei lá, um passado esquecido?
Não é possível existir um coração tão insensível dessa maneira...
O olhar fixo daquele dia 24, quase não parecia mostrar a verdadeira intenção. Aquele poderia ser o último olhar sincero, a última visão privilegiada dos próximos dias. A dor é - ainda e permanentemente - grande, o que mais representa um melodrama forçado. Mas não. Quem é que sente? Quem é que faz jus às dores momentâneas?
Atitudes monstruosas vindas de pessoas pacatas.
... Eu só espero deixar tudo claro, antes que seja tarde.
Não é possível existir um coração tão insensível dessa maneira...
O olhar fixo daquele dia 24, quase não parecia mostrar a verdadeira intenção. Aquele poderia ser o último olhar sincero, a última visão privilegiada dos próximos dias. A dor é - ainda e permanentemente - grande, o que mais representa um melodrama forçado. Mas não. Quem é que sente? Quem é que faz jus às dores momentâneas?
Atitudes monstruosas vindas de pessoas pacatas.
... Eu só espero deixar tudo claro, antes que seja tarde.
08 abril 2011
Minha pálpebra agora diz o que meus lábios nunca conseguiram expressar. Na retina, uma grande incidência de lágrima aparenta estar se aproximando. Não sei lidar com isso e creio que seja algo ruim. Sei que chorar nem sempre significa tristeza, mas está doendo aqui dentro. Vou tentar evitar, tentar valorizar os pontos específicos de qualidade e fazer com que quem esteja comigo consiga fazer o mesmo. Afinal, é aquilo que eu sempre digo: a vida é essa caminhada longa cujo destino está traçado por suas atitudes de agora. Às vezes não imagino do que posso fazer, mas também não subestimo: eu vivo.
01 abril 2011
Breve fim
Disfarces formados
num rosto apagado,
sentimentos preservados
na mente do rosto alterado.
Âncoras pesadas
soam alto no fundo do mar;
um som de palavras minhas,
que você nunca poderá escutar.
O início é fadado ao fim,
o amor irá acabar,
cedo ou tarde - pouco importa
o peso está na essência de curar.
E o orgulho sendo esquecido,
traz à tona a introspecção.
Esqueço quais são os erros,
tirando as máscaras do coração.
28 março 2011
Amanhã
Abandone as máscaras que cobrem seu rosto e escondem as dores da alma que perfuram o peito afora. Tire essa dor de si, segure-a e prometa não sofrer mais por algo que não lhe garanta uma boa estadia. Mostre-se feliz, que a felicidade virá.
O bom se aproxima, quando o mal se fez necessário. Nada é para sempre. Lembre-se disso mais tarde, quando as ondas do mar soarem como música nos seus ouvidos. Junto delas, virão as palavras. Tais quais eu disse do outro lado do mundo, ao horizonte...
Mas não minta. O olhar sabe ler, sabe interpretar. Você pode disfarçar-se de vírgulas para evitar o ponto final, mas as reticências são quase obrigatórias.
Às vezes a chance está em você, nas coisas que nega. E ela não espera sua vontade. Assim como eu também não. Estou aqui agora, me deixando levar pela ausência do orgulho. Amanhã será um novo dia e, sobre ele, nada sei.
O bom se aproxima, quando o mal se fez necessário. Nada é para sempre. Lembre-se disso mais tarde, quando as ondas do mar soarem como música nos seus ouvidos. Junto delas, virão as palavras. Tais quais eu disse do outro lado do mundo, ao horizonte...
Mas não minta. O olhar sabe ler, sabe interpretar. Você pode disfarçar-se de vírgulas para evitar o ponto final, mas as reticências são quase obrigatórias.
Às vezes a chance está em você, nas coisas que nega. E ela não espera sua vontade. Assim como eu também não. Estou aqui agora, me deixando levar pela ausência do orgulho. Amanhã será um novo dia e, sobre ele, nada sei.
26 março 2011
Procure
Você sabe se existem remédios que curem minhas dores?
Você teve, ao menos, o trabalho de questionar e analisar ambos os lados para encontrar a ponte da certeza que o encaminhe até a luz?
Não.
Infiltrou-se no declínio da facilidade, se perdeu nas linhas da dificuldade, morreu nos braços da saudade. Mas não mudou.
A personalidade forte prevaleceu, disfarçou-se de sonhos e invadiu o meu mundo inventando ilusões dentro do coração ainda fraco. Viu o seu afogamento. Não resgatou.
Mudou apenas o discurso, permanecendo na mesma e antiga peça teatral da vida real.
Você teve, ao menos, o trabalho de questionar e analisar ambos os lados para encontrar a ponte da certeza que o encaminhe até a luz?
Não.
Infiltrou-se no declínio da facilidade, se perdeu nas linhas da dificuldade, morreu nos braços da saudade. Mas não mudou.
A personalidade forte prevaleceu, disfarçou-se de sonhos e invadiu o meu mundo inventando ilusões dentro do coração ainda fraco. Viu o seu afogamento. Não resgatou.
Mudou apenas o discurso, permanecendo na mesma e antiga peça teatral da vida real.
22 março 2011
Desconhecida rosa
Vi a vida passando, como passa uma criança
Por entre uma flor mansa no jardim da esperança!
Meu caminho era deserto, não havia ninguém por perto
Todo dia era noite, toda noite era vazia.
A estrada longa era em vão, e por ali nada via - a não ser a rosa que trazia...
Meu caminho era deserto, não havia ninguém por perto
Todo dia era noite, toda noite era vazia.
A estrada longa era em vão, e por ali nada via - a não ser a rosa que trazia...
16 março 2011
— Não me entrego no seu mar;
eu me contenho.
Essas águas paradas,
esse ar escasso.
Seguro, espero; contenho.
Ele agita-se, aparentemente
sem motivo.
Agita, talvez, por reconhecer
a minha intensidade.
A intensidade do meu mar,
ao tocar o seu.
A força da nossa amizade,
quem dera se fosse verdade.
Essas águas paradas,
esse ar escasso.
Seguro, espero; contenho.
Ele agita-se, aparentemente
sem motivo.
Agita, talvez, por reconhecer
a minha intensidade.
A intensidade do meu mar,
ao tocar o seu.
A força da nossa amizade,
quem dera se fosse verdade.
14 março 2011
O assassinato
Era uma quinta-feira, e percorria o trajeto de volta para casa após o dia de trabalho. Avistou, logo no cruzamento da primeira esquina, faróis camuflando-se entre luzes vermelhas. Algo havia acontecido ali. Resolveu parar e, na maior inocência, quis entender o acontecimento. Alguns presentes ali comentavam sobre o acidente e logo constatou que o mesmo se tratava de um possível assassinato. A vítima era uma mulher de aproximadamente 30 anos, que havia sido encontrada morta dentro da sala principal de um apartamento.
Não demorou muito e os policiais invadiram o local em busca de pistas deixadas pelo, até então, assassino. Sua curiosidade o deixava inquieto e quis ver quem era a mulher. Com muita cautela, chegou perto e assustou-se: a mulher da qual a vida não se tinha mais, era sua esposa. A mulher era a mãe de seu filho. Automaticamente, pôs-se a chorar e não acreditava no que via. Não sabia que atitude tomar, para onde ir, o que fazer. Pensou no filho que, às 22:30h, já estava dormindo em casa. Deixou seus sentimentos nas mãos dos policiais e entrou no carro novamente, em direção à sua casa. No caminho, sua cabeça estava perplexa. Mas não deixou de ter fé, ainda que o pior havia acontecido.
Chegou em casa e, cansado, encostou-se no braço do sofá, olhando fixamente a mesa de centro. Lágrimas em excesso escorriam em seu rosto, deixando marcas de uma angústia sem fim. Chorava, mesmo sabendo que isso não ajudaria agora. Escutou passos descendo a escada e, ao olhar para trás, viu seu filho correndo em sua direção. Limpou o rosto, tentando esconder a tristeza.
Não demorou muito e os policiais invadiram o local em busca de pistas deixadas pelo, até então, assassino. Sua curiosidade o deixava inquieto e quis ver quem era a mulher. Com muita cautela, chegou perto e assustou-se: a mulher da qual a vida não se tinha mais, era sua esposa. A mulher era a mãe de seu filho. Automaticamente, pôs-se a chorar e não acreditava no que via. Não sabia que atitude tomar, para onde ir, o que fazer. Pensou no filho que, às 22:30h, já estava dormindo em casa. Deixou seus sentimentos nas mãos dos policiais e entrou no carro novamente, em direção à sua casa. No caminho, sua cabeça estava perplexa. Mas não deixou de ter fé, ainda que o pior havia acontecido.
Chegou em casa e, cansado, encostou-se no braço do sofá, olhando fixamente a mesa de centro. Lágrimas em excesso escorriam em seu rosto, deixando marcas de uma angústia sem fim. Chorava, mesmo sabendo que isso não ajudaria agora. Escutou passos descendo a escada e, ao olhar para trás, viu seu filho correndo em sua direção. Limpou o rosto, tentando esconder a tristeza.
- Papai, que bom que chegou! Estava te esperando para jogarmos futebol... – disse o menino que, sem imaginar o que acontecera, esbanjava alegria nos seus pequeninos olhos verdes.
Sem força para responder, o segurou em seus braços por alguns instantes, pensando um jeito de contar a verdade.
- Onde está a mamãe? – os olhos ainda brilhavam.
- A mamãe logo chega, meu anjo. Enquanto isso, lembre-se que ela – e Deus – o amam demais. Vamos dormir agora?
Subiu as escadas, com o seu pequeno anjo no colo. O colocou na cama, deu um beijo e desejou boa-noite. Apagou as luzes e ficou observando-o enquanto tentava dormir. Foi em direção ao seu quarto e viu a cama de casal, agora vazia. Chorava, chorava bastante. Aproximou, abaixou-se e tentou descansar. Mas, seus pensamentos inquietos o proibiam.
Contudo, nesse mesmo instante, os policiais encontraram ao lado da caixa de remédios tranquilizantes, uma carta. E nela, o desabafo:
"Estou relatando aqui o meu último adeus e peço para que se cuidem. Vou partir, mas vou partir feliz. Não se culpem. Cuidem-se. E, lembrem-se, nunca apaguem a estrela chamada Fé. Tenho ela aqui comigo e deixei uma com cada um de vocês. Amo-os demais."
Agora, mesmo sem saber da carta, consegue descansar. Não sabe se foi a presença dela que o iluminou ou a sua estrela chamada Fé que brilharia mais forte, o chamando para o descanso eterno.
10 março 2011
Simplicidade
Ah! Como faz falta. Faz falta ter alguém com quem eu pudesse trocar segredos dos mais tolos, rir do mais sério, criticar o mais correto. Alguém que sentasse comigo na calçada para esperar o tempo passar, observando o sol se colocar no devido lugar deixando os seus últimos raios por entre os grandes prédios da cidade. Alguém que me oferecesse a mão quando eu estivesse com medo e estaria de braços abertos para quando o frio me atingisse. Alguém que não se importasse caso eu estivesse triste ou chateada, e procurasse me entender, me ajudar e fazer com que eu melhorasse o mais rápido possível. E que, na mesma calçada citada, me dissesse palavras que provariam a existência do que eu sonhava. Eu queria saber que aquilo era verdade.
Coisas simples como essas me fazem falta. A felicidade é uma chave que está na porta da simplicidade. E é isso que me faz falta.
Eu só preciso de alguém - esse alguém, não importa quem. Desde que seja você.
Coisas simples como essas me fazem falta. A felicidade é uma chave que está na porta da simplicidade. E é isso que me faz falta.
Eu só preciso de alguém - esse alguém, não importa quem. Desde que seja você.
08 março 2011
A escrava
Me pego imaginando cenas e diálogos que nunca irão acontecer. Acho normal, rotineiro.
Digo nunca, pois sei que não acontecerá. O nunca ocupou um espaço considerável na minha vida e não posso conter mais. Tenho de lidar com as impossibilidades que essa mesma vida impõe. Sou escrava de mim mesma.
Fico na vontade, alimentando esperanças mentais sobre o meu desejo. Coloco chamas no meu pensamento e os deixo queimando na intenção de esquecê-los de vez. Mas, ao invés disso, estou queimando-o dentro de mim. Enterrando-o no poço dos seus iniciais. E, ao fim, nada foi esquecido. Acabou, mas acabou por onde começou.
Não estou livre de nada. Daqui a pouco, amanhã, agora... não sei, qualquer hora esse desejo pode ressurgir e mandar em mim como ninguém consegue. E eu obedeço e crio as regras a partir dessas limitações. Sou a escrava.
Desvio meu olhar de olhos assim, que hipnotizam. Desvio porque sei que não resistirei e acabarei perdida novamente. E não é isso o que eu quero pra mim.
Digo nunca, pois sei que não acontecerá. O nunca ocupou um espaço considerável na minha vida e não posso conter mais. Tenho de lidar com as impossibilidades que essa mesma vida impõe. Sou escrava de mim mesma.
Fico na vontade, alimentando esperanças mentais sobre o meu desejo. Coloco chamas no meu pensamento e os deixo queimando na intenção de esquecê-los de vez. Mas, ao invés disso, estou queimando-o dentro de mim. Enterrando-o no poço dos seus iniciais. E, ao fim, nada foi esquecido. Acabou, mas acabou por onde começou.
Não estou livre de nada. Daqui a pouco, amanhã, agora... não sei, qualquer hora esse desejo pode ressurgir e mandar em mim como ninguém consegue. E eu obedeço e crio as regras a partir dessas limitações. Sou a escrava.
Desvio meu olhar de olhos assim, que hipnotizam. Desvio porque sei que não resistirei e acabarei perdida novamente. E não é isso o que eu quero pra mim.
05 março 2011
Carta ao coração
Tenho medo de inícios, pois eles sempre guardam um vestígio de término.
Hoje é mais um daqueles dias em que passo pensando no que poderia escrever para explicar esse sentimento. De onde nasceu? Por que escolheu você? Até quando vai?
São perguntas retóricas como essas que partem o meu coração, deixando-o impossibilitado de amar novamente. Preciso estar confiante, mas a paciência está no limite. A confiança, então, não aparenta melhoras. Mas, não posso te culpar por isso. Erramos e foi culpa de ambos.
De nada adianta olhar o passado com lágrimas nos olhos, se o presente está acontecendo e as chances sendo perdidas. Tento me aproximar, para fazer acontecer o que nosso íntimo pede. Porém, só vejo muros e paredes. Há divisas que me impedem de chegar até você.
Isso me machuca tanto ao ponto de me fazer pensar nas mais diversas dúvidas. Como alguém pôde mudar tanto o roteiro da minha vida? Eu estava tão bem sem ti. Mas agora o jogo virou, a vida mudou: não me vejo assim, tão sozinha.
Você me mostrou o caminho mais curto até o seu lugar e agora não enxergo outro destino. Eu sei que tenta se esconder nessa própria morada assim como eu, contudo o sentimento nos atingiu de forma grotesca e sem escapatória. Seu olhar não engana; seu humor contagia, mas os olhos desmentem.
Tudo virou lembrança e me atormenta com intensidade. Os seus braços, que antes eram meu abrigo, estão soltos. E tenho medo que sejam abrigados por um novo alguém.
Então uma lágrima cai sobre esse texto, deslizando nas letras aqui distorcidas. É sincero demais para ser descartado. Sincero demais para você esquecer, apagar e fingir que nada aconteceu.
[... E tenho medo de términos, pois eles guardam vestígios de um novo começo.]
Hoje é mais um daqueles dias em que passo pensando no que poderia escrever para explicar esse sentimento. De onde nasceu? Por que escolheu você? Até quando vai?
São perguntas retóricas como essas que partem o meu coração, deixando-o impossibilitado de amar novamente. Preciso estar confiante, mas a paciência está no limite. A confiança, então, não aparenta melhoras. Mas, não posso te culpar por isso. Erramos e foi culpa de ambos.
De nada adianta olhar o passado com lágrimas nos olhos, se o presente está acontecendo e as chances sendo perdidas. Tento me aproximar, para fazer acontecer o que nosso íntimo pede. Porém, só vejo muros e paredes. Há divisas que me impedem de chegar até você.
Isso me machuca tanto ao ponto de me fazer pensar nas mais diversas dúvidas. Como alguém pôde mudar tanto o roteiro da minha vida? Eu estava tão bem sem ti. Mas agora o jogo virou, a vida mudou: não me vejo assim, tão sozinha.
Você me mostrou o caminho mais curto até o seu lugar e agora não enxergo outro destino. Eu sei que tenta se esconder nessa própria morada assim como eu, contudo o sentimento nos atingiu de forma grotesca e sem escapatória. Seu olhar não engana; seu humor contagia, mas os olhos desmentem.
Tudo virou lembrança e me atormenta com intensidade. Os seus braços, que antes eram meu abrigo, estão soltos. E tenho medo que sejam abrigados por um novo alguém.
Então uma lágrima cai sobre esse texto, deslizando nas letras aqui distorcidas. É sincero demais para ser descartado. Sincero demais para você esquecer, apagar e fingir que nada aconteceu.
[... E tenho medo de términos, pois eles guardam vestígios de um novo começo.]
01 março 2011
Dois anos depois
Não havia percebido, mas sentada aqui, me dei conta do que aconteceu. Hoje completa-se dois anos; dois, dos outros mais perfeitos que existira. Há exatos dois anos estávamos comemorando uma possível eternidade. Quem diria? - eu pensei, buscando solução.
Minha vontade era continuar ali, sentada pelo resto do dia, esperando que as próximas horas passassem rapidamente. Minha mente padeceu e nela, um filme nosso. Um filme com um fim.
Fotos e cartas queimadas, músicas nunca mais reproduzidas, lágrimas que às vezes escorriam. Tudo isso é lembrança que deveria ser esquecida (por que ainda as lembro?).
Hoje você está distante, mas perto. Nossos caminhos andam em direção contrária, mas no sentido físico você está presente. Seu olhar penetrante atravessa meus olhos, é indescritível.
É hoje. Dois anos que se passaram. Peço-te para que lembre - e nunca mais esqueça - de nós. Fomos separados pelo tempo, e é pelo mesmo que podemos nos juntar novamente.
Minha vontade era continuar ali, sentada pelo resto do dia, esperando que as próximas horas passassem rapidamente. Minha mente padeceu e nela, um filme nosso. Um filme com um fim.
Fotos e cartas queimadas, músicas nunca mais reproduzidas, lágrimas que às vezes escorriam. Tudo isso é lembrança que deveria ser esquecida (por que ainda as lembro?).
Hoje você está distante, mas perto. Nossos caminhos andam em direção contrária, mas no sentido físico você está presente. Seu olhar penetrante atravessa meus olhos, é indescritível.
É hoje. Dois anos que se passaram. Peço-te para que lembre - e nunca mais esqueça - de nós. Fomos separados pelo tempo, e é pelo mesmo que podemos nos juntar novamente.
27 fevereiro 2011
Manhã de um dia novo
Só sei que hoje eu amanheci diferente. Imaginei que o dia seria mais longo, que as experiências estariam à minha espera. E foi o que aconteceu.
Decidi não esperar momentos, mas sim correr atrás deles. Disse o que ainda não havia encontrado coragem, fiz o que minha vontade estava pedindo; e sem me arrepender, e sem medo, e sem receio.
Se você soubesse o quanto preciso de você, colocaria-se numa posição de certeza que me faria acalmar. Mas é que palavras somente não bastam mais. Você precisa de outros artifícios...
E foi o que aconteceu, naquela tarde do dia amanhecido na vida de uma pessoa renovada interiormente. Viu - aprendeu - que nada é tão impossível como imaginava, que as dificuldades eram impostas para medir sua capacidade, sua personalidade estaria a se definir ali.
E é o que acontecerá, caso amanhã eu acorde diferente novamente.
Decidi não esperar momentos, mas sim correr atrás deles. Disse o que ainda não havia encontrado coragem, fiz o que minha vontade estava pedindo; e sem me arrepender, e sem medo, e sem receio.
Se você soubesse o quanto preciso de você, colocaria-se numa posição de certeza que me faria acalmar. Mas é que palavras somente não bastam mais. Você precisa de outros artifícios...
E foi o que aconteceu, naquela tarde do dia amanhecido na vida de uma pessoa renovada interiormente. Viu - aprendeu - que nada é tão impossível como imaginava, que as dificuldades eram impostas para medir sua capacidade, sua personalidade estaria a se definir ali.
E é o que acontecerá, caso amanhã eu acorde diferente novamente.
24 fevereiro 2011
Meu recado de bolso
Não é fácil viver me escondendo dos seus olhos para não me perder dentro deles. Essa solidão, carência que permanece, não seria um grande problema caso você vivesse feliz longe de mim.
É como se eu estivesse agora em uma pedra, numa divisão de fronteiras; de um lado há uma cidade iluminada pelo poste da calçada, no outro a praia com paisagem maravilhosa do mar. Ambas vazias, sem ninguém, desertas. Estou no meio de uma escolha dissertativa, onde não tenho ciência das alternativas. Então, de repente, a pedra se move, atinge brutalmente os finos e pequenos grãos de areia, igualando a uma tempestade da mesma. No momento, algumas pessoas ao longe aparecem, caminhando, lentamente até mim. Porém, não me veem, sou invisível ao olhar humano. Retiro do bolso um papel amassado, guardado ali há poucas horas. Nele, letra de música e um recado: Não se esqueça de mim, nem por um segundo. Estarei pensando em ti cada vez que pensar em mim. Vamos nos conectar mentalmente. Leio, mais de uma vez, e sinto uma lágrima em meu rosto. Como pude perder você tão rápido assim? - penso, ao descer da pedra, com os pés no chão e caminhando procurando por você. Não acho, as pessoas são desconhecidas agora. A brisa do mar, as luzes da cidade, o nosso lugar. Suspiro, e resolvo ler a última e talvez mais importante informação do bilhete situada no final: Eu amo você. Tento responder em voz alta, gritando para que você ouça o meu Eu te amo também. Te digo isso por hoje, pois desconheço o futuro. Mas caso ele seja como nos meus planos, posso ditar meu desejo de ter você comigo para sempre, eu estar com você e você comigo, até o fim. Então relembro o conceito do fim e... bem, um dia ele acaba.
Adeus, não para sempre, mas provisoriamente
Estava lá eu, perdendo mais um dia pensando. Digo, pensando no sentido nosso. Pensando em nós. Não seria isso uma perda de tempo? Sim.
Seria perder oportunidades que passam por minha vida, alegrias e conquistas batendo à minha porta, novas amizades que poderiam acontecer... estou perdendo isso.
Tudo isso por você. E quem disse que você sabe disso?
Estou sofrendo calada, sentada no meu canto, observando a chuva escorrendo pela janela na intensidade das minhas lágrimas, ouvindo músicas e lembrando de ti.
Nada disso vale a pena. Não ganharei você de volta, nossa relação jamais será a mesma.
Há quem diga que isso é drama, excesso de sentimentalismo. Mas, quem me entende não demonstra, pois não vejo entendimento. Gostaria de ver pessoas ao meu redor, me querendo bem, dedicando seus preciosos tempos comigo, sem esperar nada por isso. A minha amizade está sendo desvalorizada por alguém que não soube aproveitar. Estou, de fato, sofrendo silenciosamente.
Contudo, sei que são fases ruins e o arco-íris só aparece na ausência da chuva. Porém, a chuva parece tão contínua...
Vou esperar a vida melhorar, o dia clarear, a solidão passar, você voltar. Mas não esperarei sentada e, aliás, me espere. Qualquer dia irei estar conversando contigo, expondo meus sentimentos, dizendo o que sinto por ti. Queira você ou não.
Seria perder oportunidades que passam por minha vida, alegrias e conquistas batendo à minha porta, novas amizades que poderiam acontecer... estou perdendo isso.
Tudo isso por você. E quem disse que você sabe disso?
Estou sofrendo calada, sentada no meu canto, observando a chuva escorrendo pela janela na intensidade das minhas lágrimas, ouvindo músicas e lembrando de ti.
Nada disso vale a pena. Não ganharei você de volta, nossa relação jamais será a mesma.
Há quem diga que isso é drama, excesso de sentimentalismo. Mas, quem me entende não demonstra, pois não vejo entendimento. Gostaria de ver pessoas ao meu redor, me querendo bem, dedicando seus preciosos tempos comigo, sem esperar nada por isso. A minha amizade está sendo desvalorizada por alguém que não soube aproveitar. Estou, de fato, sofrendo silenciosamente.
Contudo, sei que são fases ruins e o arco-íris só aparece na ausência da chuva. Porém, a chuva parece tão contínua...
Vou esperar a vida melhorar, o dia clarear, a solidão passar, você voltar. Mas não esperarei sentada e, aliás, me espere. Qualquer dia irei estar conversando contigo, expondo meus sentimentos, dizendo o que sinto por ti. Queira você ou não.
17 fevereiro 2011
Paradeiro
Era uma quinta-feira, fria, ainda que em um dia de verão - talvez o frio era psicológico. Um dia que amanheci, mas permaneci. Visualizei todos aqueles planos feitos para serem realizados no dia. Sonhos em cima de pessoas, pessoas amontoadas em sonhos. Pensei durante um tempo e minha vontade de continuar ali, descansando, pensando, era enorme. Vestia uma roupa da qual lembrava-me de ti. E a partir daí, seja qual for a imagem e/ou objeto presente, vinha sua imagem na minha mente. Decidi, por mim mesma, parar. Desistir, me deixar cansar de você. Esquecer que existe, que vive, que vivi somente por ti.
(...) Desenhado ali, sob os finos e frios lençóis, a cena de um fim de relacionamento ainda em fase de recuperação. Um processo lento, regado de tristezas acumuladas ao som da nossa sinfonia. O piano? Ali, à minha frente. Junto dele, sua voz, suas roupas fora do armário, seus sapatos jogados... e você (na minha imaginação.)
Onde está? Para onde foi? E quando volta?
(...) Desenhado ali, sob os finos e frios lençóis, a cena de um fim de relacionamento ainda em fase de recuperação. Um processo lento, regado de tristezas acumuladas ao som da nossa sinfonia. O piano? Ali, à minha frente. Junto dele, sua voz, suas roupas fora do armário, seus sapatos jogados... e você (na minha imaginação.)
Onde está? Para onde foi? E quando volta?
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