31 janeiro 2011

Significativo aumento.

Tudo complicado
Caminha cansado
Sem olhar para o lado.

Gotas que caíam
Nuvens escureciam
Enquanto elas sorriam.

Profundo esquecimento
Palavras ao vento
Expressa seus sentimentos
Num significativo aumento.

29 janeiro 2011

A alma.

A minha alma está pesada.
Dolorida, inquieta.
Ouço suspiros da mesma, como um pedido de socorro.
As palavras são um consolo.
A alma sente, assim como a gente. Ou até mais...

Temos de ouvi-la, observá-la, obedecê-la.
A experiente voz de alguém que te conhece mais que ninguém.
O texto é a sua dor em forma de poesia.

28 janeiro 2011

Meu medo.

Algo em você me intriga
A maneira como conversa e tenta se expressar, assustam-me
Prefiro observar-te de longe, analisando cada ação vinda de você
Então descubro seus segredos mais escondidos.
Você é misterioso
Seria normal, se não fosse comigo
Mas estou percebendo e acho que o que me intriga de verdade
É você mesmo.

Pena que é tarde, preciso partir
Guardei por ti, as minhas mais sinceras palavras.
Se eu pudesse, voltaria no tempo e não deixaria isso acontecer...


Tudo que posso dizer hoje, é um eterno clichê
Não deixe pra depois, não comece adiando coisas simples. Faça, sem medo.
O arrependimento é uma dor tardia, sem remédios. Dói, apenas.

24 janeiro 2011

Mais uma vez.

Escondo meus sentimentos.
Guardo-os na gaveta em que as emoções estão.
Coloco-me fria e sóbria.
E esse, é apenas o começo.

Às vezes preciso agir pensando nas consequências.
Sofrer um pouco agora, para não sofrer muito depois.
Fugir de problemas, enquanto eles fogem para trás de mim.

Lembro-me desta gaveta, fechada e quase esquecida.
Penso em retirar algumas emoções e colocá-las à mostra.
Reviver alguns sentimentos, amar alguém.

Mas, novamente e pela última vez, me vejo a pensar.
Isso não me convém.
Junto os retalhos do que sobrou, guardo-os na gaveta.
Mais uma vez, uma vez mais.

21 janeiro 2011

Escrevo-te.

Escrevo aqui, pois estive pensando.
Pensando no que aconteceu e no que deixou de acontecer.
Seria um problema grave o nosso? Ou apenas atritos internos?
A realidade é outra, devemos compreender.

Você foi egoísta, não pensou ao tomar sua decisão.
Mas, ainda escrevo por você, pra você, de você.
Sinto estar fraca, sem forças para continuar.
É uma linda - e nossa - confusão.

E por fim, tento encerrar esse desabafo,
Organizando minhas palavras.
Pareço alguém perdida, buscando carinho.
Escrevo-te para que pense e repense quantas vezes for preciso.
É a nossa história se decaindo.

20 janeiro 2011

Continuo aqui.

Eu estou aqui, até mesmo quando tudo parece estar perdido.
Quando a escuridão está mais nítida, quando as estrelas perdem um pouco do brilho.
Continuo aqui.

O chão está longe dos seus pés, você sente que vai cair.
Então não pode mais segurar; você cai.
Cada vez mais fundo, cada vez mais rápido.

Mal sabe que no fim, lá embaixo, estou.
Esperando por você, esperando pra te segurar.

Talvez você não me veja, não sinta a minha presença.
Mas, sabe. Sabe que pode contar comigo.

19 janeiro 2011

Incompreensão.

Sem entender os reais motivos daquilo tudo, compreendia o que acontecia. O óbvio batia à sua porta, como quem queria brutalmente entrar naquela casa. Não abria, era persistente. Ou talvez nem isso; não abria porque era a verdade que estava ali do lado de fora. E, sendo verdade, faria barulho. Faria uma grande revolução na sua vida.
Então continuou acreditando nas próprias mentiras que criou, o que era tão aceitável como usar uma faca para cortar uma gota d'água.

18 janeiro 2011

Doces sonhos.

Sonhar. Criar diálogos e cenas que só acontecem na imaginação, textos que deveriam ser ditos olhando nos seus olhos. Mas que, por algum motivo ainda não descoberto, isso não foi possível. Fazer planos e promessas que não serão cumpridos, apenas para amenizar a dor que está sentindo. A memória ficar escassa, pois nos seus pensamentos as ideias estão em conflito. Dormir e ter sonhos, doces sonhos. Mas seguir em frente, sem deixar que esses pequenos problemas a derrubem.
E o mais importante: não fugir. Por mais que tentemos sair do lugar, a vida nos trará de volta.

17 janeiro 2011


E por achar que era forte, descobriu-se fraca demais.

De quem é a culpa?

Não pode culpar-se por tudo — dizia ela, mesmo sabendo que a culpa era sua.
Ela havia errado muitas vezes antes de tentar acertar pela primeira vez. E, na realidade, o que faltava na sua vida era a vontade de prosseguir com sucesso.
Aconselhava; porém não seguia os próprios conselhos.
Mas, em particular, dizia a si mesma: você pode errar, mas sempre há uma nova oportunidade de começar novamente e acertar.

15 janeiro 2011

Ora, cativa-me!

A distância não é, necessariamente, medida por quilômetros. Algumas pessoas estão longe, mesmo estando perto. Ela pensava nisso, diariamente, tentando entender o que acontecia com a sua vida. Sabia que palavras não iriam garantir a felicidade eterna, chorar não seria a solução dos problemas. Então, sentada na sacada do prédio, dizia a si mesma, imaginando ele na sua frente: Ora, cativa-me!