27 fevereiro 2011

Manhã de um dia novo

Só sei que hoje eu amanheci diferente. Imaginei que o dia seria mais longo, que as experiências estariam à minha espera. E foi o que aconteceu.
Decidi não esperar momentos, mas sim correr atrás deles. Disse o que ainda não havia encontrado coragem, fiz o que minha vontade estava pedindo; e sem me arrepender, e sem medo, e sem receio.
Se você soubesse o quanto preciso de você, colocaria-se numa posição de certeza que me faria acalmar. Mas é que palavras somente não bastam mais. Você precisa de outros artifícios...
E foi o que aconteceu, naquela tarde do dia amanhecido na vida de uma pessoa renovada interiormente. Viu - aprendeu - que nada é tão impossível como imaginava, que as dificuldades eram impostas para medir sua capacidade, sua personalidade estaria a se definir ali.
E é o que acontecerá, caso amanhã eu acorde diferente novamente.

24 fevereiro 2011

Meu recado de bolso

Não é fácil viver me escondendo dos seus olhos para não me perder dentro deles. Essa solidão, carência que permanece, não seria um grande problema caso você vivesse feliz longe de mim.
É como se eu estivesse agora em uma pedra, numa divisão de fronteiras; de um lado há uma cidade iluminada pelo poste da calçada, no outro a praia com paisagem maravilhosa do mar. Ambas vazias, sem ninguém, desertas. Estou no meio de uma escolha dissertativa, onde não tenho ciência das alternativas. Então, de repente, a pedra se move, atinge brutalmente os finos e pequenos grãos de areia, igualando a uma tempestade da mesma. No momento, algumas pessoas ao longe aparecem, caminhando, lentamente até mim. Porém, não me veem, sou invisível ao olhar humano. Retiro do bolso um papel amassado, guardado ali há poucas horas. Nele, letra de música e um recado: Não se esqueça de mim, nem por um segundo. Estarei pensando em ti cada vez que pensar em mim. Vamos nos conectar mentalmente. Leio, mais de uma vez, e sinto uma lágrima em meu rosto. Como pude perder você tão rápido assim? - penso, ao descer da pedra, com os pés no chão e caminhando procurando por você. Não acho, as pessoas são desconhecidas agora. A brisa do mar, as luzes da cidade, o nosso lugar. Suspiro, e resolvo ler a última e talvez mais importante informação do bilhete situada no final: Eu amo você. Tento responder em voz alta, gritando para que você ouça o meu Eu te amo também. Te digo isso por hoje, pois desconheço o futuro. Mas caso ele seja como nos meus planos, posso ditar meu desejo de ter você comigo para sempre, eu estar com você e você comigo, até o fim. Então relembro o conceito do fim e... bem, um dia ele acaba.

Adeus, não para sempre, mas provisoriamente

Estava lá eu, perdendo mais um dia pensando. Digo, pensando no sentido nosso. Pensando em nós. Não seria isso uma perda de tempo? Sim.
Seria perder oportunidades que passam por minha vida, alegrias e conquistas batendo à minha porta, novas amizades que poderiam acontecer... estou perdendo isso.
Tudo isso por você. E quem disse que você sabe disso?
Estou sofrendo calada, sentada no meu canto, observando a chuva escorrendo pela janela na intensidade das minhas lágrimas, ouvindo músicas e lembrando de ti.
Nada disso vale a pena. Não ganharei você de volta, nossa relação jamais será a mesma.

Há quem diga que isso é drama, excesso de sentimentalismo. Mas, quem me entende não demonstra, pois não vejo entendimento. Gostaria de ver pessoas ao meu redor, me querendo bem, dedicando seus preciosos tempos comigo, sem esperar nada por isso. A minha amizade está sendo desvalorizada por alguém que não soube aproveitar. Estou, de fato, sofrendo silenciosamente.

Contudo, sei que são fases ruins e o arco-íris só aparece na ausência da chuva. Porém, a chuva parece tão contínua...
Vou esperar a vida melhorar, o dia clarear, a solidão passar, você voltar. Mas não esperarei sentada e, aliás, me espere. Qualquer dia irei estar conversando contigo, expondo meus sentimentos, dizendo o que sinto por ti. Queira você ou não.

17 fevereiro 2011

Paradeiro

Era uma quinta-feira, fria, ainda que em um dia de verão - talvez o frio era psicológico. Um dia que amanheci, mas permaneci. Visualizei todos aqueles planos feitos para serem realizados no dia. Sonhos em cima de pessoas, pessoas amontoadas em sonhos. Pensei durante um tempo e minha vontade de continuar ali, descansando, pensando, era enorme. Vestia uma roupa da qual lembrava-me de ti. E a partir daí, seja qual for a imagem e/ou objeto presente, vinha sua imagem na minha mente. Decidi, por mim mesma, parar. Desistir, me deixar cansar de você. Esquecer que existe, que vive, que vivi somente por ti.

(...) Desenhado ali, sob os finos e frios lençóis, a cena de um fim de relacionamento ainda em fase de recuperação. Um processo lento, regado de tristezas acumuladas ao som da nossa sinfonia. O piano? Ali, à minha frente. Junto dele, sua voz, suas roupas fora do armário, seus sapatos jogados... e você (na minha imaginação.)

Onde está? Para onde foi? E quando volta?

15 fevereiro 2011

Duvidando

Eu não sei dizer. Mas certas atitudes me ganham automaticamente. As palavras quando bem ditas,
o discurso bem planejado. Ou nem isso... o diálogo pode ter sido criado no momento em que iniciamos a conversa, e você tenha pensado tudo na hora.
O que importa, de fato, é a sinceridade.
Eu não sei dizer, porém o pouco que sobram dos retalhos de palavras, estão dispostos a dizer por mim. Toda essa admiração é motivada. Esse desejo, incontrolável. São momentos como este que queria reviver nos dias de tristeza explícita. Dias bem vividos, felizes e produtivos.

Não sei. Eu realmente não sei. Só tenho uma certeza e pretendo apoiá-la por muito tempo; você me fez feliz e não há nada que possa mudar o passado.
Estou aqui ainda e... não sei. E aqui continuarei.

11 fevereiro 2011

As extensões que calculam dimensões poderiam servir para descrever o que eu estou sentindo. Mas, mesmo assim, seria pouco. Não encontro mais palavras que consigam descrever um pedaço desse sentimento todo. É gigante e repleto de diversidade.
Viver pensando no passado torna-se um vício quando ele é parte fundamental de sua vida. O presente é indiferente. Preciso retomar o real sentido da vida e nele prosseguir. Me derrubaram, encontram meus pontos mais críticos e neles investiram.

Não foi fácil. A fase de superação é a mais complicada existente. O coração, ainda ferido, não tem culpa. Nem eu tenho.. não mando no que sinto. Mas, bem que eu gostaria.
Como pôde acontecer? Como deixei acontecer? Retiro respostas improváveis de condutas insustentáveis. Não compreendo-te.

Talvez seja tudo culpa minha. Eu fui fraca o suficiente para deixar-te partir e você, insensível. Aqui dentro de mim, ainda bate um coração. Um órgão de extrema importância que um dia bateu somente por ti. Até que você o destruiu covardemente. E assim o deixou.

O esquecimento não existe. Ainda está tudo bem vivo dentro de mim, pronto para recomeçar. Só depende de você. Temos algum tempo restante ainda, podemos recuperar o que perdemos e deixar todo o orgulho de lado.

Em meio aos indícios de lágrimas, as palavras ficam embaçadas. A mente mais confusa. O sentimento mais profundo. E a dor.. cada vez maior.

07 fevereiro 2011

Esperarei.

Esperarei enquanto restar forças
Enquanto a motivação for forte
e uma recompensa me esperar como reconhecimento
Esperarei, se tiver sorte

A espera é tanta, não sei exatamente o que fazer
Continuo caminhando em busca de esquecimento
Até onde conseguir
Até onde tiver argumento

Mas, de qualquer forma, continuarei e


Esperarei...

06 fevereiro 2011

E ela sofria.

Eu odeio. I hate.
Dizia ela, cada vez que algo lhe deixava irritada. O mundo como ela via, era diferente do mundo vivido. Havia muitos erros que via somente com seus olhos.
Ela sofria, enfim.
Viver era um desafio. Acordar, um pesadelo. Dormir, um alívio.
Via a morte como a solução para todos os problemas.
Mas, não. Não!
A morte é um estágio natural da vida, não a solução.
Devemos solucionar os problemas enquanto vivos e com forças para derrotar o impossível.
E, ela sofria.
Conselhos nunca eram bem-vindos. Palavras alheias, nunca lhe interessaram.
Estava errada, admitia. Mas não aceitava.
E ela sofria.
E continuava sofrendo.

02 fevereiro 2011

Eu, você. Nós.

Em quantos nós somos?
Em quantas eu sou?
Não sabemos. Não sei.
Às vezes, não somos nada. Nenhum. Zero.
Em seguida, tudo. Muitos. Milhões.
Não há uma nota concreta, somos a indecisão.
Ou só eu. Ou só você.
Somos o que queremos ser,
na quantidade que podemos.
(Uso o somos, ainda que seja somente eu, ainda...)

01 fevereiro 2011

Eu conheço o seu coração.

"Seu coraçãozinho que já foi quebrado, estilhaçado em mil pedacinhos, como um copo de cristal que cai no chão. Conheço seus pensamentos, cada um que passa na sua mente, conheço os seus sonhos, conheço os seus desejos, o que você gosta e não gosta. Além de tudo isso, eu conheço a dor que você sente. Não por conhecer tudo, mas por sentir ela com você. E quando você chora, eu choro junto, quando você se tranca no quarto, eu não deixo ninguém entrar, te coloco no meu colo e deixo você chorar, até que durma. Agora você sabe porque se sente em paz quando chora? É porque eu recolho suas lágrimas, para que eu as chore no seu lugar. E quando sua dor para, é porque eu estou sofrendo por você. Eu estou quieto, e você está se remoendo de raiva de mim. Estou quieto, porque quero preparar algo maravilhoso no fim do tunel, para que você perceba, que mesmo que tenha sido escuro por todo o caminho, eu estive ali, na sua frente, retirando todas as pedras pra você, se machucando por você, sangrando no seu lugar… Você sofreu, eu sei, mas sofreu o minimo, aquilo que eu sei que você poderia sofrer, o que você não podia, eu sofri. Você está com raiva de mim. Mas eu não me importo. Porque eu te amo além de tudo. E vou continuar sofrendo por você, vou continuar chorando por você e com você de noite, de manhã, de madrugada. Vou continuar do seu lado quando você se trancar no quarto pra escutar qualquer musica no ultimo volume. Vou te amar. Mesmo que você me odeie e não me queira mais, vou continuar te querendo. Mesmo que sinta muita raiva de mim, a unica coisa que eu vou fazer é te amar mais. Com amor, DEUS."

Sina do dia-a-dia.

Sina do dia-a-dia
Traz consigo o mistério do amanhã
A calmaria da vista do horizonte
Sina, verdadeiramente sã.

Uma imagem distante do pôr-do-sol
Sendo vista através desta pedra, nesse dia
O som dos pássaros, soavam como uma cantiga
Sina do dia-a-dia.

Não escrevo para você
Mas também não escrevo para mim
Faço das palavras, um motivo
Para um satisfatório fim.