Eu sou medo.
De alguém desvendar o mistério,
de encontrar a verdade e inflar o que mal conhece.
De buscar, no fundo, o que eu ainda escondo.
De afastar o que procuro, acho, mas não tenho.
Medo, também, do que mais isso possa ser -
de onde irei chegar, o máximo que poderei ter.
De esvaziar o que prejudica e perder o que parecia
perfeito.
É o medo oscilante, ora acolhedor, ora sufocante.
Mas é o medo que me mantém
refém.
E presa
nas cordas que asfixia
o meu eu em mim.
Tomados pelo medo, nos fortalecemos.
ResponderExcluirLindo!
ResponderExcluirÉ... somos medo.
ResponderExcluirObrigada, Ana Maria!
ResponderExcluirO medo move.
ResponderExcluir... E comove.
ResponderExcluirGosto tanto de te ler, Letícia. Sou uma admiradora e tanto. E esse texto? Tão doce como você é sempre. A vontade que tenho é de ler, ler e ler, sem parar. Calmo mas tão viciante.
ResponderExcluirPoxa, anon. Que sorriso bobo é esse no meu rosto agora? Obrigada. Seja sempre bem-vinda aqui.
ResponderExcluirAmei esse seu texto sobre o medo. Simplesmente fascinante, uma delícia de se ler.
ResponderExcluirAbraços Letícia!
Ivan R.
Obrigada, Ivan.
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