25 junho 2011

Medo

Eu sou medo.
De alguém desvendar o mistério,
de encontrar a verdade e inflar o que mal conhece.
De buscar, no fundo, o que eu ainda escondo.
De afastar o que procuro, acho, mas não tenho.
Medo, também, do que mais isso possa ser -
de onde irei chegar, o máximo que poderei ter.
De esvaziar o que prejudica e perder o que parecia
perfeito.

É o medo oscilante, ora acolhedor, ora sufocante.

Mas é o medo que me mantém
refém.
E presa
nas cordas que asfixia
o meu eu em mim.

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