06 dezembro 2011

Seja você a Lua nessa relação onde se busca o calor do Sol.
Habite o espaço sem censura, aproveitando cada minúcia deste fenômeno. Lute em virtude de méritos que, acima de tudo, alimentem o seu ego. Desvende os mistérios da sua casa que também é de todos nós. Mostre sua capacidade, mas não se supervalorize por ela. Seja natural que a sua naturalidade é o que te transforma. Aceite a distância de modo como se ela não tivesse sequer importância - nem força - contra sua vontade.
Corra para alcançar seu desejo, mas obedeça as limitações do tempo: embora seu sonho encontra-se em outra dimensão, é preciso presentear aqueles que estão por aqui desejando-te. Depois prossiga rumo a sua caminhada em ciclos vitais contínuos e eternos, onde é certo um impossível encontro, mas uma incansável ambição.
Lembre-se sempre de ser a Lua, pois o tempo fará com que as duas oposições se encontrem quando não haver mais procura, apenas a aceitação. Não se esforce demasiadamente, mas também não desista sem lutar: as melhores conquistas são frutos de delongas e suadas batalhas. Que haja justiça e ciência, sem desbancar os presentes e nutrir o ódio de quem caminha em sentidos semelhantes. E acalme-se. A Lua, apesar de todas as suas voltas atrás do Sol em vão, sabe que seu empenho é válido, pois o mesmo acompanha-a de onde estiver para onde ela está.


Goste do que tens e só assim terás o que gosta.

3 comentários:

  1. As entrelinhas desse texto e a analogia à Lua ficaram incríveis.

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  2. A vida é possível a partir do momento que se aceita também ser.

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  3. Belo texto. Gosto da lua e sol. Gosto dessa dança. Gosto do contexto.
    E gosto de você também.

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