15 setembro 2011

Eu espero por essa espera como quem espera o inesperado.

E esse esperar que me faz ter medo de não obter resposta,
não me priva de falar com você.

Que é falando com você,
que eu falo comigo mesma. Arrastando palavras suas nas minhas certezas.

Porque a vontade é um estado temporal.
Quando se vê, passou. Não falou. Olhou. Sobrou.
E respira. As mágoas da tristeza que plantei no seu lugar.

Sem drama, nem história. A verdade traz a vitória.
E esta verdade é dita agora, no vento, deixo solta.
Ela solta de mim. E cola em você.

É difícil dizer fazendo entender, enfim.

Farei da dor, o desejo. Sublime ao medo, sendo forte por querer o almejo.
E despejo, em você, o seu você que há em mim.
(Ser forte é questão de sorte)



Em suma, sempre passa

por nós,
caindo
novamente
em nós.

8 comentários:

  1. "Arrastando palavras suas nas minhas certezas."

    O que sinto.


    Obrigada por dizer tanto o que tem dentro de nós. Assim talvez a gente não pense ser tão distante. Assim a gente se aproxima.



    Continue sempre escrevendo.



    Um beijo.

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  2. é raro o que fica, e o que finda dá lugar para o que ainda pode passar.

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  3. a gente encontra força na dor,é isso o que o seu texto quis dizer, acho..

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  4. Pois é, Poeta. E, sendo raro, deve-se preservar ainda mais que aquilo que está por vir.

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