23 abril 2011

Desocupado

Era feito um ciclo vicioso de buscas. Não sabia exatamente o que procurava, mas sempre estava na procura de coisas. Sorte minha nunca achar nada..
Nessa ausência de novidades, me prendia ao nada. Ao vazio; ao meu próprio vazio. Uma verdadeira paranóia. Talvez essa lúcida loucura me levava longe da realidade e, consequentemente, longe do sofrimento.
(E estava aí algo que ninguém entendia. Esse drama-melodramático-pessoal.
Pessoas são um misto de incompreensão e impaciência.)
Meu vazio, agora tomado sociologicamente, não era tão vago. Porém, dali nada se aproveitava: velhas lembranças, saudades, desejos não realizados.
Era melhor continuar vazio.

5 comentários:

  1. Me identifiquei muito com seu textinho Lê. Meus parabéns, colocou tudo para fora em poucas palavras e ainda sim sem perder o encanto. <3

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  2. Que doce você, Ana. Obrigada pelo reconhecimento. <3

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  3. Taí uma definição perfeita para o que sinto e não pude transformar em palavras. Você decifrou tudo que queria dizer :) Simples e objetiva. LINDO.

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  4. Acredito que esse sentimento confuso está presente no coração de todo ser humano...

    Obrigada, Leni! =)

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  5. Hey, gostei de ti, gostei daqui.

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